O vídeo tem versões em português, português com legendas em inglês e português para libras e além da visão das crianças foram registrados os trabalhos dos atores envolvidos no manejo florestal comunitário.
Autor: Ana Laura Lima | Embrapa Amazônia Oriental
Como as crianças enxergam a floresta? Foi essa pergunta que o vídeo “Crianças, Florestas e Poesia” buscou responder. O resultado deu origem a uma produção audiovisual de pouco mais de cinco minutos onde é possível ver não apenas a relação das crianças com o território, mas também o trabalho dos atores envolvidos para que a preservação e a prática do manejo florestal comunitário sejam continuadas a fim de manter a floresta em pé.
Elaborado como parte do Projeto Bom Manejo 2, coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental, membro do Observatório do Manejo Florestal Comunitário e Familiar (OMFCF), e pela Organização Internacional de Madeiras Tropicais – ITTO (International Tropical Timber Organization), o vídeo é resultado de uma oficina realizada com crianças da Reserva Extrativista Verde Para Sempre, localizada em Porto de Moz, no Pará, no mês de setembro.
Nas versões em português, português com legendas em inglês e português para libras, a finalidade do vídeo, segundo o pesquisador Milton Kanashiro, coordenador do projeto Bom Manejo 2 e presidente do Portfólio Florestal da Embrapa, é visibilizar diferentes abordagens do fazer científico em comunidades por meio de novas linguagens e também fortalecer o conceito de Saúde Única, que traz uma visão holística e integrada da saúde humana, animal, das plantas e da floresta.
Saúde Única: abordagem integrada
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o conceito de Saúde Única envolve uma visão holística e abordagem integrada, colaborativa e transdisciplinar que visa equilibrar a saúde das pessoas, animais, das plantas e da floresta nos níveis local, regional, nacional e global. O Plano de Ação Conjunta para a Saúde Única 2022-2026 – ONU apresenta o conceito e reconhece a interconexão e interdependência entre a saúde humana, animal e dos ecossistemas.
Para Milton Kanashiro, é imprescindível uma visão holística e integrada em relação à saúde, especialmente no contexto de questões globais, como a pandemia de Covid-19, insegurança alimentar, degradação ambiental e perda de biodiversidade. Ele ressalta ainda que a abordagem se alinha ao alcance das metas propostas na Agenda 2023 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Para a Amazônia e o Brasil, essa abordagem integrada e transversal ganha maior importância ainda para a saúde global”, afirma. O pesquisador ressalta que o conceito envolve sistemas de pensamento e abordagens, parcerias público privadas, governança, marcos legais e institucionais, além do conhecimento dos povos e das populações tradicionais, em acordo ao que foi estabelecido no plano de ação conjunta da Organização das Nações Unidas.
“Pessoalmente, entendo que a Embrapa é muito importante nesta tarefa hercúlea, pois tem expertises, nas mais diferentes áreas do conhecimento que a Saúde Única preconiza”, analisa o pesquisador. Ele acrescenta ainda que instituições, como a Fiocruz, foram pioneiras na disseminação e fortalecimento desse conceito no Brasil.
Assista ao vídeo em português: https://youtu.be/wPl3PhH9n3o
Versão em português com legendas em inglês: https://youtu.be/MaU9LIvZZpc
Versão em português para libras: https://youtu.be/9kB-jJ2digY