Em maio o Observatório do Manejo Florestal Comunitário e Familiar (OMFCF), o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) promoveram a campanha “Proteção para as populações amazônicas” que arrecadou recursos para confecção de máscaras e a compra de materiais de proteção contra o coronavírus.
Ao fim da campanha o valor arrecadado foi de aproximadamente R$ 10 mil, com a contribuição de mais de 40 pessoas. Em julho os valores foram repassados para Rede Bragantina e Economia Solidária Artes e Sabores – com atuação no nordeste paraense – e para o CNS que atende famílias do Marajó e Amapá.
Rede Bragantina
No nordeste do Pará a Rede Bragantina realizou uma oficina pela internet com 12 de mulheres negras e quilombolas que abordou o tema saúde feminina. Em outro momento as participantes receberam um kit confeccionados com recursos da campanha para serem distribuídos em diferentes localidades.
A organização aplicou os recursos da campanha reforçando a cultura do uso plantas medicinais, comum entre as comunidades de tradicionais. O kit continha duas máscaras, essenciais para a proteção contra a COVID-19, um xarope fitoterápico artesanal e dois sabonetes medicinais. Tudo produzido por grupo de mulheres pertencentes às comunidades ligadas Rede Bragantina.
Na confecção do xarope foram usados produtos da sociobiodiversidade. “Usamos Cumaru, extrato de Urucun e extrato de Jucá. Ele serve para o puxado, na nossa linguagem significa combater o cansaço, expelindo o catarro do peito e limpando o pulmão”, explicam Leane e Dona Dominga, ambas do quilombo Pimenteira, localizado em Santa Luzia do Pará.
Ao todo os materiais atenderam cerca de 200 famílias, de 15 comunidades, em três municípios: Santa Luzia do Pará, Viseu e Capitão Poço.
Em breve conheça como os recursos da campanha foram aplicados em municípios marajoaras e no Amapá.
Foto: Divulgação/ Rede Bragantina e Economia Solidária Artes e Sabores