Extrativistas se reúnem para debater o futuro da Amazônia

O IV Congresso Nacional do Conselho Nacional das Populações Extrativistas e Comunidades Tradicionais da Amazônia (CNS) terminou quinta-feira (7) em Brasília.

Como assegurar o direito às Reservas Extrativistas, Quilombos e outras áreas de uso comum para manter a Amazônia em pé? Esta foi a questão central de todos os debates, palestras e eventos ocorridos no IV Congresso Nacional do Conselho Nacional das Populações Extrativistas e Comunidades Tradicionais da Amazônia.

Foram três dias em que 200 delegados propuseram, escutaram, aprenderam, formaram alianças e protestaram. Eles representavam as reservas comuns de todos os estados Amazônicos, Tocantins, Maranhão e Goiás. Ou seja, foram 87 os territórios representados no Congresso.

Eventos marcam a passagem dos extrativistas por Brasília

A maior parte do Congresso dos Extrativistas ocorreu em Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal. Porém, houve o lançamento da exposição permanente “Chico Mendes Herói Nacional”, na sede do Sinpro DF; o “porangaço“, na Esplanada dos Ministérios; audiência pública, na Câmara dos Deputados, e visitas à embaixadas.

Por onde passaram, os extrativistas falaram sobre a experiência coletiva do uso dos recursos naturais. Levaram o conhecimento econômico de quem mantém a biodiversidade com um modo de produção de baixo impacto. E, principalmente, falaram da história do movimento sindical que garantiu as reservas de uso comum.

O onipresente Chico Mendes

A memória de Chico Mendes esteve presente em todos os debates. A mudança paradigmática – proposta pelo seringueiro – transformou a vida dos que hoje vivem na floresta. A partir da sua luta, Chico Mendes fez com que os amazônidas e seus modos de vida fossem considerados parte fundamental da meio ambiente.

O deputado federal Airton Faleiro (PT/PA), em audiência pública, relembrou que atualmente que os “quilombolas, extrativistas e indígenas, em suas reservas, são os que mais preservam a floresta”. Além disso, o deputado pontuou sobre os desafios ambientais. “O capital nacional e internacional, encorajado pelo discurso oficial, quer se apropriar dos territórios que os povos tradicionais preservam”, destacou.

Joaquim Belo, atual presidente do CNS, organização fundada por Chico Mendes, falou sobre o grande líder. “Quando um ministro desse governo diz que não conhece o Chico Mendes, é mentira. O que ele quer é invisibilizar nossas comunidades e nossas lutas”.

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Foto: Divulgação.

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