Troféus simbólicos de madeira nativa certificada pelo FSC® são assinados por designers consagradas e produzidos pelos comunitários da Coomflona
Nesta quarta-feira, 20 de novembro, às 21h, no Estádio Mangueirão, Paysandu e Cuiabá disputam a final da Copa Verde 2019. Mas, desse jogo, muito mais gente sairá ganhando.
Com os troféus simbólicos feitos de madeira nativa certificada da Amazônia, por comunitários da região, espera-se jogar ainda mais luz sobre as florestas e, principalmente, sobre o manejo florestal responsável. “Muito além da produção de madeira, o manejo responsável assegura serviços ecossistêmicos como água, armazenamento de carbono e biodiversidade”, explica Aline Tristão Bernardes, diretora executiva do FSC Brasil. “E, ao mesmo tempo em que respeita o ciclo natural da floresta, funciona como uma poderosa ferramenta, capaz de mudar os níveis de desenvolvimento econômico e social de milhares de pessoas”, completa.
A Coomflona – Cooperativa Mista da Flona Tapajós, no Pará, é prova disso. Certificados desde 2013, eles aumentaram o número de clientes para quem forneciam madeira e montaram uma movelaria. Foi nela que os dois troféus da Copa Verde 2019, do time campeão e do melhor jogador da final, foram produzidos. Idealizados, respectivamente, pelas designers Claudia Moreira Salles e Julia Krantz, eles são fruto do Projeto Design e Madeira Sustentavel, desenvolvido pela BVRio, em parceria com o FSC, para estimular o consumo consciente de madeira certificada e aproximar a floresta dos grandes centros comercias. “Ao amplificar a voz dos pequenos produtores e comunitários, queremos mostrar para cada vez mais gente que dá sim para fazer o uso responsável dos recursos naturais”, diz Aline.
Feitos de freijó cinza, muiracatiara e piquiarana, certificados da Amazônia, o troféu do time campeão, assinado pela Claudia, teve como conceito a construção de uma figura representando um jogador em movimento. Já o de melhor jogador da final, assinado pela Julia, mostra um jogador em paz, firme e soberano, com a sua fiel companheira – a bola.
Um dos motivos dos troféus terem sido desenhados por mulheres é que o FSC também quis materializar o seu empenho em promover a igualdade de gênero nas florestas de todo o mundo, por meio do empoderamento e de oportunidades iguais nas práticas de emprego, nos treinamentos, na celebração de contratos, nos processos de engajamento e nas atividades de gestão das organizações certificadas. Trata-se de uma garantia de direitos fundamental para a construção da justiça social, que faz parte da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e que é essencial para que tenhamos um mundo mais justo e equilibrado.
Vale lembrar que, além de ganhar um troféu de madeira nativa certificada, o campeão da Copa Verde garante vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Parceria antiga – Desde 2017, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, a CBF e o FSC Brasil uniram esforços para implementar ações sustentáveis relativas à Copa Verde e promover o manejo responsável das florestas brasileiras. “Juntar duas paixões nacionais, o futebol e a Amazônia, foi um verdadeiro gol de placa“, brinca Aline. “Provamos que pode existir um campeonato voltado para práticas socioambientais“, completa.